quarta-feira, 5 de março de 2014

A CHAMA DO PROTESTO


Mensagem de Julie Redstone
5 de Março de 2014.


Os protestos, hoje, em diferentes partes do mundo, fazem parte da vasta varredura das forças da luz que estão ativando a motivação do coração para perseguir com maior esforço e importância, os valores que o coração tem de mais caro, valores, tais como, liberdade, igualdade, justiça, dignidade...
 
Hoje, nas ruas das cidades, nos corações de muitos, e pago com o sangue de muitos, o desejo pela liberdade, pela igualdade e pela dignidade humana foi inflamado em uma escala mundial. Esta sede de dignidade humana e de que cada voz individual seja ouvida, não irá se acalmar até que a opressão e o domínio pelos outros sejam contidos, e até que as forças da escuridão que buscam reduzir a dignidade humana e a liberdade, não mais dominem.
 
Esta é a história dos movimentos de protestos, em todo o mundo, que se tornaram ativos em lugares distantes do que, no início, era conhecida como a “Primavera Árabe”. Agora, esta Primavera se espalhou gradualmente para a América do Sul e para o Extremo Oriente, e está ainda avançando.
Líbia, Tunísia, Egito, Turquia, Bangladesh, Tailândia, Venezuela, Brasil, Ucrânia – em cada um destes países, as pessoas se reuniram aos milhares  e dezenas de milhares, com os corações em chamas, com o desejo da mudança. E, embora o conteúdo específico do que deve ser mudado, varie de país a país e de povo a povo, a sede por uma voz no governo, por uma redução da desigualdade econômica, pela eliminação da corrupção por aqueles que estão na liderança, pois, na essência, deve haver um direito de ter maior influência sobre a forma como a vida deve ser vivida, torna-se um chamado à ação para muitos, de se posicionarem e protestarem contra as coisas como elas são.
 
Apesar de tais protestos, frequentemente, começarem com pureza, com um desejo pela expressão pacífica e com um objetivo de promover o direito dos seres humanos de moldar as suas próprias vidas, eles são, muitas vezes, estimulados e respondidos pelas forças da escuridão que promoveriam o conflito, apagando a possibilidade de conciliação ou diálogo, incitando a violência, gerando o derramamento de sangue, e, finalmente, impedindo a mudança pacífica e tão esperada, com que muitos destes movimentos começam.
 
As forças da escuridão estimulando ou respondendo aos movimentos dos protestos, cujo impulso original se baseia em uma força da luz, criam o panorama que testemunhamos hoje em muitos locais, um panorama que parece social e político na natureza, mas que é estimulado pelas forças cósmicas que estão operando poderosamente neste plano. Muitas vezes, as forças que promovem a violência e inflamam o ódio e o medo, estão focados principalmente dentro dos governos, que buscam proteger os seus próprios interesses e defender as suas posições de poder. Mas, muitas vezes, estas mesmas forças  ganham uma posição nos corações daqueles que não começaram com idéias de violência ou de raiva, mas, simplesmente, com um desejo de que a sua voz seja ouvida.
Há uma necessidade de que testemunhemos as revoltas que estão ocorrendo em tantos lugares hoje, para que entendamos como ocorre esta transição de um protesto pacífico para uma confrontação violenta das forças, e para que reconheçamos que a causa não pode ser atribuída, em muitos casos, às ações de apenas um “lado”. Onde as forças da escuridão estão em ação, há uma inflamação do medo e da raiva que podem dominar, e o que, sob outras circunstâncias, ou em outro momento, poderia ter levado à possibilidade de reconciliação ou a uma disposição para o compromisso, agora, muitas vezes, leva a um sentimento de “sem saída”, a um sentimento de que não há alternativa em lidar com os dilemas atuais, exceto com  a violência. E esta sensação de “sem saída”, pode se tornar verdadeira tanto para aqueles que estão defendendo o passado, quanto para aqueles que estão se opondo às injustiças do passado.
 
Devemos compreender esta influência que procura incitar a raiva, a partir do desejo pelo auto-respeito e pela dignidade humana, e o conflito, a partir do desejo de melhorar o bem-estar coletivo de um povo. Pois, esta mesma influência pode também afetar as nossas próprias percepções em uma situação em que nós, também, podemos nos sentir em risco, ou que podemos sentir que os nossos direitos estão limitados ou ameaçados. Todos aqueles que procuram ancorar a luz, devem se apegar à luz e à compreensão de que há sempre outro caminho que não seja o assassinato. Há sempre outra maneira que não seja a violência, que incita mais violência. A idéia de que as ações promulgadas pela escuridão acabarão por levar a um resultado cheio de luz, é uma idéia falsa. Isto não é verdade. O que se origina por motivos de raiva, medo, ódio ou violência, estimula mais do mesmo, se não no presente, então, no futuro.
 
Que todos aqueles que testemunham a paixão inflamada por uma maior representação, respeito, igualdade e justiça, tornem-se campeões da causa da dignidade humana, uma causa que está a ganhar adeptos em números cada vez maiores, à medida que cada coração se torna infundido pela luz. E que nós possamos rejeitar, ao mesmo tempo, estas influências que buscam criar a ilusão de que o único meio de alcançar estes objetivos é através da confrontação violenta, da divisão e da animosidade de irmão contra irmão.
 
Desta forma, ao mantermos a nossa conexão com o amor e com o outro, através do poder da luz, um novo mundo poderá ser criado.
 
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br

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